Era um fio de seda de um casulo que transformou-se em tecido.
Depois vieram os bordados...
Com agulhas de prata
Com agulhas de prata
de brilho tão fino
bordai as sedas do vosso destino.
Bordai as tristezas
de todos os dias
e repentinamente as alegrias.
Que fiquem as sedas
muito primorosas
mesmo com lágrimas presas nas rosas
Com agulhas de prata
de brilho tão frio...
ai, bordai as sedas, sem partir o fio.
Cecília Meireles
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